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  • Vinícius Valente

A arrogância dos técnicos brasileiros em sua essência

Ontem(8), após vencer o Campeonato Paulista, Luxa saiu em defesa dos técnicos brasileiros e expõe a soberba do futebol nacional.

Imagem: Alexandre Vidal / Flamengo


O Palmeiras venceu o Corinthians nos pênaltis e se sagrou campeão paulista de 2020, mas a declaração do técnico Vanderlei Luxemburgo chamou mais a atenção do que o jogo em si. Foi mais uma partida com nível técnico muito abaixo do que os elencos podem oferecer.


O jogo horrível acabou não sendo surpresa. Ambas as equipes apresentaram um futebol sofrível durante o ano todo, e com o Corinthians quase sendo rebaixado. O alviverde teve a melhor campanha, o que mostra que o Campeonato Paulista não é a maravilha que muitos pensam. A qualidade técnica dos jogadores palmeirenses se sobressaiu às demais equipes, não a qualidade tática.


Após o jogo, Luxemburgo saiu em defesa dos técnicos brasileiros e deu uma 'cutucada' em Jorge Jesus:


– A única coisa que eu questiono é que tenhamos de mudar nossas características porque o futebol na Europa é mais rápido. Vamos com calma. Somos pentacampeões do mundo jogando em cima da nossa cultura. Claro que temos de aprender, fazer cursos. Mas não é mudar nossa essência pentacampeã do mundo, 11 vezes campeã do mundo interclubes e que tem toda uma história sem treinador estrangeiro. Temos de mudar agora por que o Jesus veio aqui e ganhou uma Libertadores? Aí temos de mudar porque o futebol é mais rápido?

Os treinadores brasileiros precisam mudar sua visão tática, isso é um evidente. Em 2019, dois técnicos estrangeiros com ideias europeias desembarcaram no Brasil. Jorge Sampaoli, no Santos, e Jorge Jesus, no Flamengo. Coincidentemente, ou não, ambos terminaram o campeonato à frente do Palmeiras. O Santos, é verdade, com a mesma pontuação, porém com um elenco muito inferior ao de seu rival paulista. A chave não são os técnicos estrangeiros, especificamente, são suas ideias de jogo com base no futebol europeu, que obviamente é o melhor futebol do mundo. Por qual motivo nós, brasileiros, não podemos aceitar isso e 'beber da fonte'? Afinal, o último sul-americano a vencer o mundial de clubes foi o Corinthians, em 2012, e lembremos, o Chelsea não era melhor equipe do velho continente.


Mauro Cézar Pereira faz um questionamento e promoveu uma reflexão interessante em seu blog sobre o tema:


Além da festa pela vitória sobre o rival, fica a obrigatória reflexão palmeirense: é jogando assim que o time pretende ganhar títulos mais relevantes do que o "paulistinha", como o próprio presidente de referiu ao campeonato em 2018?

Desde o 7x1, as vinda de Jorge Sampaoli e principalmente de Jorge Jesus para o Brasil foram as melhores coisas que aconteceram com o futebol brasileiro. Nós aprendemos muito pouco, ou quase nada, desde o massacre alemão. O nosso futebol, hoje, é sim inferior. Negar a nossa realidade não nos permite enxergar uma forma de melhorá-la. Três dos cinco títulos mundiais que temos foram em tempos completamente diferentes, sendo o terceiro há 50 anos e com um intervalo de 24 anos de jejum para o quarto. Além disso, tínhamos Pelé. Antigamente era muito mais comum sul-americanos vencerem europeus no mundial de clubes. As equipes eram mais parelhas. Principalmente após o início do século XXI, a disparidade técnica ficou ainda mais evidenciada,os clubes brasileiros que venceram o mundial de clubes são exceções. Não podemos enxergá-los como regras.






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